sábado, 9 de junho de 2012

Bom Dia a Todosssss!!!

ANDROPAUSA - QUEDA DE TESTOSTERONA NO HOMEM


A andropausa ou pausa dos hormônios androgênicos, ou ainda diminuição dos níveis de testosterona nos homens, pode ocorrer nas mais diversas idades, muitas vezes não tendo correlação apenas com o envelhecimento.

Nas mulheres, os hormônios ovarianos caem abruptamente o que proporciona os famosos fogachos ou ”calores da menopausa”, fazendo com que elas procurem o tratamento hormonal.

Em contrapartida, nos homens a queda da testosterona é gradual e crônica, fazendo com que muitos homens não a percebam.

Outro problema é o preconceito masculino de admitir que estejam com este tipo de problema.

Estas situações fazem com que a grande maioria dos homens em andropausa não recebam tratamento adequado.

A queda da testosterona deveria ser tão preocupante para médicos e pacientes quanto hipertensão e colesterol alto, pois o coração tem milhões de receptores para este hormônio.

Clique e veja os efeitos cardiovasculares da testosterona:

Nos EUA apenas 7% dos homens com queda de testosterona estão em tratamento.
A queda da testostosterona pode começar a ocorrer aos 30 anos de idade. Porém, vemos homens mais novos com níveis baixos deste hormônio, principalmente quando associado à obesidade, estresse, contaminação ambiental por xenostrógenos e uso prévio de anabolizantes.

Um pouco de fisiologia:
A hipófise, uma glândula cerebral, libera dois hormônios que se chamam LH e FSH.
Ambos, a partir da puberdade, vão até os testículos e estimulam a liberação de testosterona e espermatozóides.
O ápice da testosterona ocorre em geral aos 25 – 30 anos, idade em que seus níveis podem começar declinar.
Formação dos hormônios esteróides – formados a partir do colesterol


Veja a principal matéria prima para a formação de testosterona e dos outros hormônios esteróides: o colesterol.
Assim, níveis de colesterol total abaixo de 140mg/de comprometem toda a sua produção de hormônios esteróides.
O que muita gente não sabe é que níveis baixos de colesterol são tão ruins ou pior que níveis altos.

Causas da sua queda:
  • Queda natural que ocorre ao longo da vida em função da menor sensibilidade dos testículos aos pulsos LH e FSH
  • Falha testicular primária
  • Uso de anabolizantes
  • Contaminação por xenoestrógenos ambientais ex. bis fenol em embalagens plásticas
  • Estresse
  • Medicamentos
  • Obesidade

A importante enzima aromatase - a conversão de TESTOSTERONA em ESTROGÊNIO

As células de gordura produzem uma enzima chamada aromatase.
Esta enzima transforma testosterona em estradiol e estrona (hormônios primariamente femininos).
O envelhecimento e a obesidade, potencializam a ação da aromatase diminuindo os níveis de testosterona e aumentando os níveis de estradiol e estrona
O estradiol e a estrona em altos níveis causam impotência, baixa libido, irritabilidade, cansaço, aumento de mamas (ginecomastia) e até câncer de próstata.
A boa notícia é que é totalmente possível bloquear aromatase bloqueando a conversão de testosterona em estradiol e estrona.
A má notícia é que a maioria dos homens que fazem reposição de testosterona não tem seus níveis de estradiol dosados.
Níveis altos de estradiol são tão ruins quantos níveis baixos de testosterona.
O estradiol bloqueia a testosterona, caso ele esteja alto. Os receptores são muito parecidos.
Os famosos “bombados” de academia já sabem disso há muito tempo e fazem uso de medicações que bloqueiam completamente a aromatase para evitar o aumento das mamas ( ginecomastia).
Porém não sabem que a aromatase deve ser bloqueada de forma parcial, já que níveis adequados de estradiol (nem altos e nem baixos) no homem também são muito importantes.
É este hormônio que sensibiliza os receptores da testosterona no cérebro e além disso são responsáveis pela formação de massa óssea.

Sinais e sintomas típicos encontrados em idosos com queda testosterona e aumento de estradiol :
  • Ombros encurvados e atrofiados
  • Perda de massa muscular
  • Dificuldade para caminhar e fazer as atividades diárias
  • Irritado e lábil emocionalmente
  • Déficit cognitivo: piora da memória e do raciocínio
  • Voz fina
  • Gordura abdominal aumentada
  • Auto-estima baixa
  • Impotência
O câncer de próstata e a testosterona
O único motivo que levou os médicos a pensarem que a testosterona causasse câncer foi que um dos tratamentos para este câncer consiste em bloquear este hormônio. O câncer em atividade se alimenta de testosterona, mas em pessoas sem câncer ela protege.
A maior incidência deste câncer ocorre em homens na terceira idade que já possuem baixos níveis de testosterona e altos níveis de estradiol. É o desbalanço entre este dois hormônios associado a outros fatores que leva ao câncer

Leia este artigo publicado num importante jornal de endocrinologia e comprove:

Quadro clínico da andropausa:
  • Baixos níveis de energia
  • Apatia
  • Irritabilidade
  • Diminuição do tônus muscular
  • Aumento de peso
  • Aumento de mamas
  • Homens que duvidam de tudo e sem perspectivas
  • Baixo desejo sexual
  • Impotência
  • Falta de pelos
  • Não apaixonados
  • Medo
Enganam - se homens que pensam que só porque estão com o desejo sexual normaL, não estão na andropausa. Antes de a libido cair todos os sintomas citados aparecem primeiro, e quando a impotência se instala demora – se mais para revertê-la apenas com testosterona.

Quadro laboratorial da andropausa
  • Queda da testosterona total
  • Aumento do estradiol (hormônio feminino que bloqueia os receptores da testosterona)
  • Aumento da Globulina Transportadora de Hormônios Sexuais ou SHBG. Esta globulina em níveis elevados diminui a testosterona livre e a testosterona biodisponível
  • Aumento de FSH e LH
  • Apenas um dos itens ocorrendo, associado ao quadro clínico citado acima se indica a reposição de testosterona biodêntica transdérmica
Como é o tratamento?
Reposição, hormonal com testosterona bioidêntica (creme ou gel de alta absorção) com dose individualizada.
Bloqueio parcial da aromatase para controle dos níveis de estradiol.
Lógicamente que o tratamento é temporário se a causa não for ligada ao envelhecimento. Como dito acima, situações estressantes agudas ou crônicas podem diminuir a testosterona temporariamente, por exemplo. E em casos assim o tratamento é também é temporário.

Como é o acompanhamento?
No primeiro ano os níveis hormonais devem ser dosados a cada três meses e no segundo ano a cada 6 meses.
Os níveis de PSA devem ser monitorados regularmente, assim como os níveis de LH, hematócrito,função renal e hepática,perfil lipídico e marcadores de inflamação como PCR – US e fibrinogênio.
O acompanhamento urológico em homens com mais de 40 anos deve ser mantido.