quinta-feira, 17 de maio de 2012


 
RIO E O OCEANO

Diz-se que, mesmo antes de um rio cair no oceano ele treme
de medo.
Olha para trás, para toda a jornada,os cumes, as montanhas,
... o longo caminho sinuoso através das florestas, através dos
povoados, e vê à sua frente um oceano tão vasto que entrar
nele nada mais é do que desaparecer para sempre.
Mas não há outra maneira. O rio não pode voltar.
Ninguém pode voltar.Voltar é impossível na existência. Você
pode apenas ir em frente.
O rio precisa se arriscar e entrar no oceano.
E somente quando ele entra no oceano é que o medo
desaparece.
Porque apenas então o rio saberá que não se trata de
desaparecer no oceano, mas tornar-se oceano.
Por um lado é desaparecimento e por outro lado é
renascimento.
Assim somos nós.
Só podemos ir em frente e arriscar.
Coragem !! Avance firme e torne-se Oceano!

Aquele que não tem tempo para cuidar da sua saúde,

um dia terá que arranjar tempo para cuidar da sua doença!

 

                                                  LAIR RIBEIRO

                                          Cardiologista e Nutrólogo

Curiosidade sobre o vinho.


A história do vinho é quase tão antiga quanto à civilização humana.Os arqueologistas aceitam acúmulo de sementes de uva como evidência (pelo menos de probabilidade) de elaboração de vinhos. Escavações em Catal Hüyük (talvez a primeira das cidades da humanidade) na Turquia, em Damasco na Síria, Byblos no Líbano e na Jordânia revelaram sementes de uvas da Idade da Pedra (Período Neolítico B), cerca de 8000 a.C. As mais antigas sementes de uvas cultivadas foram descobertas na Georgia (Rússia) e datam de 7000 - 5000 a.C. (datadas por marcação de carbono). Certas características da forma são peculiares a uvas cultivadas e as sementes descobertas são do tipo de transição entre a selvagem e a cultivada.

Por que o vinho previne doenças do coração?




Químicos e farmacologistas se debruçaram sobre o vinho para descobrir o que havia ali dentro que determinava a proteção dos vasos e do coração. Uma primeira conclusão foi fácil de ser alcançada. Os estudos epidemiológicos mostravam que quando indivíduos que bebiam rotineiramente vinho branco eram separados daqueles que bebiam vinho tinto, o segundo grupo apresentava resultados ainda mais eficientes em termos de proteção cardiovascular. Então deduziu-se que as substâncias que dão cor ao vinho chamadas de procianidinas deviam ser as grandes responsáveis.

Efetivamente as procianidinas estão em mais quantidade no vinho tinto e em padrões de ligação entre duas e três unidades - chamadas de dímeros e trímeros - justamente as mais ativas, em comparação com as formas monoméricas (de apenas uma molécula isolada) do vinho branco. Procianidinas do vinho tinto, além de poderosos antioxidantes, protegem a parede dos vasos, evitando a formação de um tipo de célula conhecida por "esponjosa", que é o primeiro passo na formação da aterosclerose.

Mas os resultados dos estudos sugeriam que deveriam haver outras substâncias benéficas na uva, além das procianidinas, e os pequisadores começaram a procurá-las. No início da década de 90 se isolou uma substância chamada resveratrol, já conhecida dos químicos há uns cinco anos, mas cujas ações na saúde humana, na época, ainda eram pouco estudadas. Ao longo dessa década foi sendo descoberto que o resveratrol não só aumenta o potencial de prevenir a aterosclerose das procianidinas, como também atua direto nas células cardíacas, protegendo-as durante a falta de oxigênio, como também em situações onde ocorrem arritmias. Ou seja, alterações patológicas do ritmo do coração. O resveratrol ainda relaxa os músculos lisos das artérias contribuindo para prevenir ou tratar hipertensão.

Esses efeitos benéficos são tão significativos que a indústria farmacêutica está usando a molécula do resveratrol como modelo na busca de novas drogas cardiológicas, que obviamente eles pretendem patentear e vender por um preço muito salgado. Enquanto isso os pesquisadores mostraram que a concentração de resveratrol no vinho é bem maior que na uva, porque durante a fermentação para o vinho há um processo metabólico que favorece sua concentração e formação. Com isso ficou explicada a incrível potência do vinho em prevenir as doenças do coração.

Os benefícios não terminam aí. As substâncias que protegem o coração, assim como outras que encontramos no vinho - flavonoides e taninos derivados do ácido elágico - todas têm uma atividade protetora do DNA e atuam evitando o surgimento de células cancerosas. Esse é um dos motivos que cientistas usam para explicar as também baixas taxas de casos de câncer nas populações mediterrâneas.

Contudo nem tudo em relação ao vinho são flores. Para colher seus benefícios, é necessário beber apenas um a dois cálices por refeição. Quando se abusa do vinho o efeito nocivo do álcool neutraliza o dos polifenois. Também devemos evitar vinhos de má qualidade. Eles são ácidos o que favorece a oxidação das substâncias benéficas. Alem disso pode conter nitratos - colocados como conservantes, que são tóxicos e causam dores de cabeça. Os nitratos também neutralizam os efeitos benéficos das procianidinas.

Fonte:http://www2.uol.com.br/vyaestelar/medicinacomplementar.htm