terça-feira, 29 de maio de 2012

Uso prolongado de salto alto



Causa: dor na coluna, bolhas, calos, joanete (saliência óssea), encurtamento da panturrilha('batata' da perna), tendinite, dificuldade de andar descalço...

Desta vez falaremos sobre o que acontece no nosso corpo quando usamos por um longo período o salto alto.
Antigamente na transição da adolescência, as mulheres eram apresentadas à sociedade por meio de uma festa debutante. Ocorria a troca do sapato sem salto para o com salto de 5 cm.

 
Posição ideal dos pés


Para termos o funcionamento correto do nosso sistema circulatório, devemos ter nossos pés a 90° em relação ao solo. Assim podemos exercer o bombeamento de sangue nos membros inferiores a fim de fazer com que a circulação sanguínea se movimente e faça seu papel de nutrir e oxigenar os tecidos musculares, tecido ósseo e a pele, evitando inchaços nos pés.

 Nos tipos de salto o mais prejudicial são os saltos altos acima de 6 centímetros (foto), visto que quanto maior o salto, maior é a pressão que o corpo exerce sobre os pés. Isso é agravado se o tipo do sapato for de ponta fina em que os dedos são pressionados àquele formato, se deformando.


Saltos acima de 6 cm são prejudiciais à saúde



O uso dos saltos altos cria joanetes: desvio do osso do dedão e das falanges que aparece como uma saliência na região da parte externa do pé agravado com o uso de sapato bico fino. O salto, se menos de 3 cm, transfere 50% do peso de forma uniforme entre o calcanhar e a base dos dedos. Mas se maiores do que 5 cm, 90% do peso é transferido para a base dos dedos e somente 10% do peso fica no calcanhar. Essa pressão pode causar joanete e agravar problemas existentes, como por exemplo, dor na coluna. Além do mais, retrai a musculatura da panturrilha (batata da perna), atrofia o tendão de Aquiles e prejudica a coluna, muitas vezes modificando sua estrutura, ocasionando prejuízos ao andar.

Por causa do calcanhar elevado, o centro de gravidade do corpo é jogado para a frente; com a inclinação, a distribuição de peso do corpo piora e se concentra na articulação do joelho podendo ocasionar dores e até mesmo tendinite. Para compensar a inclinação tende-se a “empinar o bumbum”, jogando o tronco para trás comprometendo a postura, principalmente em crianças e adolescentes em crescimento. Os músculos do tornozelo podem ficar comprimidos e com isso menos flexíveis (encurtados), a panturrilha se contrai e em meses encurta, causando dor e limitação quando não se usa o salto.

Os saltos tipos plataforma (foto) trazem menos prejuízo à saúde, porque elevam a parte anterior do pé, não havendo a sobrecarga de peso, possibilitando assim, ganhar altura e diminuem o grau de contração da panturrilha.

Mas, deve-se ter cuidado com as torções no tornozelo, visto que esse tipo de salto não é apropriado a terrenos acidentados, pois prejudicam o equilíbrio e aumentam a chance de torções. Também há o risco de má circulação sanguínea, pois esse salto deixa o pé menos flexível impossibilitando o movimento dos músculos da panturrilha que são responsáveis pelo retorno do sangue.

O uso do salto Anabela (foto) também não será muito prejudicial, se o peso for distribuído corretamente pela planta do pé. Em resumo, não se deve usar saltos com mais de 3 cm por mais de seis horas por semana.

O tipo de salto influi no equilíbrio ao andar, se mais fino ou mais grosso, facilitando ou não o caminhar, ou sendo mais susceptível às torções. Saltos mais grossos dão uma base maior podendo oferecer ao tornozelo um pouco mais de equilíbrio do que os saltos mais finos ou tipo agulha, pois a base é bem diminuída favorecendo a perda do equilíbrio em terrenos acidentados.

 
Amenize os prejuízos do uso de salto alto

Muitas mulheres reclamam que depois de utilizar por muito tempo o salto alto, sentem dor, como por exemplo, na panturrilha, na coluna, no pé... ao trocá-lo por um mais baixo ou mesmo andar descalço. Uma dica para amenizar os prejuízos do uso do salto alto é alternar os dias, ou períodos em que você os usa, com saltos mais baixos. Alie isso à prática de exercícios de academia, yoga, caminhada no parque, mas com tênis apropriado. Isso faz com que os músculos não se atrofiem, porque não se acostumam com um tipo específico de salto.
Mas se você está em dúvida sobre que tipo de salto usar, consulte um fisioterapeuta para avaliar seu quadro físico e indicar o calçado correto para a sua estrutura óssea.

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